terça-feira, 10 de setembro de 2013

Podemos Ser Hospitaleiros Porém Sem Educação

O grupo de 96 estrangeiros (cubanos) que está fazendo curso de atenção básica de saúde e português no Ceará foi recebido para a aula inaugural do treinamento, na segunda, por cerca de 50 profissionais brasileiros que gritavam palavras de ordem e reivindicavam pela realização do Revalida (xingamentos), exame de validação do diploma de medicina para curso feito no exterior.


O Mais Médicos estabelece a concessão de bolsas de R$ 10 mil a médicos brasileiros e estrangeiros inscritos para atuar em áreas carentes de profissionais de saúde no interior do país e na periferia das grandes cidades. A grande crítica ao programa é por permitir que estrangeiros atuem no país sem a validação do diploma e que profissionais recebam bolsa sem direitos trabalhistas. A categoria (médicos playboys) também é contra mudanças no currículo dos cursos de medicina, com a criação de um ciclo obrigatório de dois anos a ser cumprido no Sistema Único de Saúde (estão com nojinho é?).



Acredito que só médicos não é o suficiente. Temos que ter maiores condições de trabalho e equipamentos. A mão-de-obra especializada é muito importante, mas os meios para esta mão-de-obra trabalhar devem existir. Tá certo temos centros desertos e esbarramos na negação de nossos conterrâneos médicos. A medicina deve ser muito maior do que qualquer classe social, acredito que o médico deve atender todo mundo, eu disse "todo mundo", no sentido mais amplo, não interessa se é rico ou pobre, médico recebe muito bem, não interessa se às 3 da manhã ou às 7 da noite, médico escolhe seu próprio horário de trabalho, agora precisa atender a população. Então, pra que ser médico se não é para cuidar das pessoas? Seremos políticos então. Se não temos quem vá trabalhar vamos trazer, nosso povo não pode, nem deve ficar sem assistência médica especializada, é uma medida de urgência. O que vejo são médicos na capital e em centro urbanos e no interior 1 ou 2, isso quando tem. Equipamentos, muitos lugares não tem condições necessárias. Agora que trouxemos mais médicos, vamos ver se vai funcionar. Estamos contornando a situação (e explicitando) que médicos brasileiros não querem trabalhar com os pobres.


Se não queremos trabalhar no interior (seja o motivo que for), deixem quem vai trabalhar lá. E educação, não se adquire somente na escola ou faculdade e sim na vida, e bons modos, educação de verdade, não aprendemos na escola, começa dentro de casa. Vergonhosa a atitude de alguns brasileiros na "recepção" dos cubanos.

fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/08/padilha-qualifica-de-xenofoba-atitude-de-medicos-que-hostilizaram-cubanos.html http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2013/08/jornalista-diz-que-medicas-cubanas-parecem-empregadas-domesticas.html

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