sábado, 21 de setembro de 2013

E Quando Pensávamos Que Tinhamos Algo...

Depois de quarta-feira, nosso senso de justiça ficou completamente abalado.



Sou estudante de direito e logo, logo (espero) estarei advogando, concursando, e pensando na minha carreira jurídica. Obviamente, sempre nos perguntamos em qualquer profissão, se teremos sucesso ou se o que fazemos repercute na sociedade. Acredito que repercute e muito, quando escolhemos a advocacia ou qualquer carreira jurídica.

Quando o Julgamento do Mensalão começou, muitos diziam, que iria acabar em "pizza", querendo dizer que não iria dar em nada, e eu, acreditando numa justiça que todo "metido a advogado de faculdade" pensa, dizia que não, mostraremos pro Brasil que temos justiça e que iríamos calar todos críticos e pessimistas. Mas depois desta quarta que passou, perdi (e não só eu) o ideal de justiça, e começo a ver as leis como um instrumento podre, que precisa de uma grande (e põe grande) reestruturação.

Quando pensamos que o STF, glorioso Supremo Tribunal Federal é a última instância e sua decisão não possui mais recurso, estamos enganados. E deputados corruptos, e engravatados nos provaram isso. Uma pena. Quem decidiu a favor dos embargos infringentes, são juízes dos mais altos graus do país, senhores do Direito, que devem Guardar a Constituição, Protege-la, e terminaram de joga-lá no lixo. E ainda dizem que é "um instrumento jurídico com dever de proteger os direitos dos deputados ou de qualquer cidadão", me desculpa mas eles foram condenados e todos virão, e num colegiado em que a maioria decide, a mesma maioria que voltou atrás, agora me diz, porque raios voltaram atrás? Mostrar que o povo é idiota (?), só pode.



Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de, por seis votos a cinco, aceitar o cabimento dos chamados embargos infringentes na ação penal do mensalão, o ministro Gilmar Mendes, bem a seu estilo, ironizou a decisão da corte de permitir que determinados réus tenham direito a um novo julgamento.

Eu posso recomendar a pizzaria para vocês”, criticou ao final da sessão plenária.

Um dia antes de a STF concluir esta fase do julgamento do mensalão, Mendes havia defendido a importância de os magistrados definirem o mais rápido possível o novo relator para os infringentes para evitar que o caso terminasse em “pizza”. “Isso aqui não é um tribunal para se assar pizza e nem um tribunal bolivariano”, disse Gilmar Mendes antes da sessão de turmas desta terça.


O que nos restou? Política virou piada, as leis são mal feitas, o seu cumprimento não é uniforme. Única coisa que tínhamos era um "senso" de justiça, este, o glorioso ministro Celso de Mello (e alguns comparsas) teve a honra de destruir.

Que o julgamento continue...


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