Muita gente vem postando textos na internet sobre a tal volta do Gaúcho mais odiado do Rio Grande do Sul ao Grêmio, e eu não iria comentar, mas sou tricolor fanático e resolvi dar minha opinião. Não sei se você vai concordar ou gostar, se preferir pode parar aqui.
Se você seguiu, vamos lá. Ronaldinho, como é conhecido, foi criado na categoria de base do Grêmio, a maior revelação do tricolor gaúcho, do Rio Grande do Sul, e olha, pode ser do Brasil nas últimas décadas. Deixando a paixão de lado, era um bom jogador, com dribles e podia resolver um jogo quando queria, mas eu disse ERA. Não é mais.
O dentuço, saiu de graça, mas para quem não tem caráter e comprometimento, saiu no que dizemos aqui "elas por elas". Foi para Paris comprar uns perfumes e confirmar seu passaporte para uma Copa do Mundo de 2002, sob comando de Felipão, e venceu, posso dizer e você irá concordar, que ele fez o Brasil chegar a semifinal com aquela falta que encobriu Seaman, e até hoje, até hoje ninguém sabe como ele conseguiu, garanto que nem ele.
Foi para o Barcelona, e num momento de crise, ele era a aposta do clube catalão para voltar a brilhar. O Barça pagou o que tinha e não tinha, mas conseguiu contratar, e deu certo, muitíssimo certo. Até eu virei fã do pilantra. Meu papel de parede no computador, era ele com a camisa do Barcelona, também, eu era pequeno quando o maldito saiu do jeito que saiu do Grêmio. Mas calma, o sentimento de ódio é recíproco.
Depois de muito sucesso, em 2006, o que muitos chamam de R10, poderia mostrar para os gremistas que sentia algo pelo clube que o projetou, era o confronto contra nosso co-irmão e maior rival, do tipo de rival que não se perde nem no par ou ímpar, pela final do Mundial de Clubes. O Barcelona chegou nem aí, 2 dias antes do primeiro jogo contra o América do México, e no primeiro jogo deitou e rolou em campo, metendo 4 nos mexicanos, fora o show de Deco, Iniesta e o dentuço. E eu como estava? Praticamente apostando que o indigesto, faria um gol de falta aos 10 minutos do primeiro tempo na final.
E o que aconteceu? Ele abriu, do verbo escancarar, as pernas para nosso maior rival. Não fez nada, todo jogo. Acho que nem um pique de 20 metros deu. Bom, o tempo passou, e o que era admiração virou desilusão. 5 anos mais tarde, o ano era 2011, estávamos em nossa competição favorita, Libertadores, e com Renato Gaúcho, gremista, ídolo, pegava mais mulheres que todo Beira Rio lotado, no comando da casamata, e o Moreira queria voltar ao país.
O Grêmio fez de tudo, vendemos até a mãe para ter ele, iríamos pagar até caminhão de refrigerantes para a casa noturna de Assis em Porto Alegre, mas Odone, depois de anunciar o desgraçado no maior vexame das contratações, o episódio das caixas de som, disse que tava cansado de tomar na cabeça, precisou de 7 alterações de contrato para o barrigudo político, ver que vontade de jogar, de vestir nosso manto azul, preto e branco, não existia, e nunca existiu. E ainda, perdemos nosso melhor atacante, porque o político tentou empurrar com a barriga o contrato de Jonas e acabou enrabado pelo Valencia da Espanha.
"Agora sou Mengão" selou tudo. O Flamengo não confiou em Assis, acertou com o Milan, e contratou Ronaldinho, que depois de 1 ano e meio daria um rombo financeiro no rubro negro carioca, fato que hoje pode virar rebaixamento, ou você acha que um clube fica sem dinheiro do nada? Não é quando mete os pés pelas mãos. Mas dou graças a Deus, porque este amou o Grêmio, e não deixou este diabo entrar em nosso estádio.
E Pilantra? Eu fui ao Olímpico, naquela tarde de sol de domingo, lotado, para ver Grêmio e Flamengo. O time carioca, tinha um time competitivo, com Luxemburgo querendo treinar, Deivid, na época ele não perdia tantos gols, Tiago Neves e outros, o tal Bonde do Mengão sem freio, lembra? Pois é, mas tínhamos o maquinista André Lima. O guerreiro imortal podia ser um atacante sem técnica, mais suava do que driblava, mas honrava sua profissão, se atirava na bola para tentar o gol. Um dos melhores momentos da minha vida, foi a vaia que ecoou do Olímpico por toda a Porto Alegre, até a fronteira, quando o nome daquele desgraçado foi dito na escalação. Me emociono, até hoje por lembrar. Eu tinha até as notas de dinheiro que ganhei na geral, notas de 100 reais com o rosto do maldito.
E no primeiro tempo do jogo? 2x1 Flamengo. Em 30 minutos tomamos 2 gols, e aquele puto em campo vibrava, e eu mais brabo que galo de rinha em briga. Pense em palavrões, qualquer um, eu disse todos. No segundo tempo, viramos, 4 a 2, com direito a gol de Miralles, aliás gol não, um golaço, para correr os cariocas de nosso estádio com a marca da bota na bunda deles.
Depois deste momento lindo, que foi. Ele vai para o Atlético Mineiro, porque? Porque ninguém no Brasil queria aquela praga. Ele ganhou uma Libertadores, tudo bem, mas a sapatada que tomou do Raja ninguém lembra? Cuca esqueceu de 2006, que ele não joga Mundial e escalá-lo dá azar.
Hoje ele está sem clube, rescindiu contrato com o galo mineiro. Recebia um alto salário mas em contraprestação ele teria que jogar bola, e isso não serve mais pra ele. Dizem que iria para os Estados Unidos, mas o próprio dirigente do Red Bull New York, já disse que não. E agora falam no Grêmio. Como na época que tinha um impasse dele com o Galo, para a renovação de contrato, boatos como o Grêmio aceitaria ele, ele quer jogar no Grêmio, quer jogar em sua casa, tudo piada.
Casa é lá na Tia Carmen. Aqui não te queremos NEM A PAU JUVENAL. Nem de graça, nem de propaganda e muito menos para panfletar na frente da Arena. Ele usa o nome do nosso clube para se promover e só.
Não o queremos como ele não nos quer. Aliás, quer nos usar, mas não somos puta que gosta de apanhar. Apanhamos uma vez, mas te sentamos o safarro naquela tarde de domingo.
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